Liderança nas empresas: conheça as 5 principais tendências do ano

Conheça as 5 tendências em liderança para 2023 na avaliação de especialistas ouvidos pelo Blog da Flash, além da sua opinião sobre IA e Chat GPT.

Flash

Menos controle, mais inspiração e motivação. Conectar departamentos, engajando todos em prol de um mesmo objetivo, em vez de estimular a competição. Mais transparência e clareza. Feedbacks, empatia e sensibilidade. Não há como discutir liderança do futuro hoje sem passar por esses temas. E, na esteira das transformações que os últimos anos estabeleceram no mundo corporativo, 2023 chega já com novas tendências, incluindo as que se relacionam diretamente com os novos formatos do trabalho, como o híbrido e o remoto.

Uma pesquisa realizada pela ManPower Group em parceria com a Thrive mostrou que, neste contexto de remodelação desta relação, trabalhadores esperam de seus líderes flexibilidade, autonomia, apoio ao bem-estar físico e mental, confiança, treinamento e desenvolvimento. Já o Instituto Gallup aponta que uma das principais tendências em liderança deve ser o olhar para o engajamento dos colaboradores, que vem caindo desde 2020 até 2022 (de 73% para 70% nas empresas com melhores práticas).

Leia também: Como aumentar o engajamento dos funcionários na era do trabalho remoto

Assim, o blog da Flash conversou com três especialistas em liderança sobre o assunto. Além de apontar tendências e os novos caminhos que a posição deve tomar neste ano, eles falam sobre o papel que a Inteligência Artificial, ou IA, terá em tudo isso, em sintonia com a discussão sobre o ChatGPT, que se ampliou nas últimas semanas.

São eles Richard Heiras, palestrante e especialista em liderança e desenvolvimento humano, Angela Mansim, Head of Remote no Officeless, e Anna Cherubina Scofano, professora em gestão estratégica de pessoas na FGV, consultora e mentora de carreiras e empresas.

Veja abaixo 5 tendências em liderança para 2023 na avaliação dos especialistas ouvidos pela reportagem, além de outros highlights sobre o tema:

5 tendências de liderança para 2023

Richard Heiras, palestrante e especialista em liderança e desenvolvimento humano

1 - Resultados: gerar resultados para a empresa e para as pessoas ao seu redor.

2 - Objetividade: ter um destino claro e muito bem comunicado com sua equipe.

3 - Simplicidade: o bem feito é melhor que o perfeito. Entregar valor ao cliente.

4 - Equilíbrio: ser produtivo no trabalho, respeitando o lado pessoal.

5 - Humanidade: entender que as pessoas são iguais na humanidade, porém diferentes na individualidade. Tratá-las como elas merecem e precisam.

Angela Mansim, Head of Remote no Officeless

1 - Facilitação: esse ano a gente vai ter muitos líderes com essa visão direcionada. Muitos ainda não têm essa experiência em facilitar momentos com clientes, com o time, com parceiros. Acho que tem essa busca, esse olhar para aprender sobre facilitação de encontros, como criar reuniões que são eficientes, onde a gente consegue tirar o resultado que a gente precisa, onde as pessoas estão indo com vontade de fazer acontecer.

2 - Design de experiências ou design de conexões: mais ligado a conexões entre pessoas. É sobre como a gente cria essas relações profundas entre as pessoas em momentos como uma call. Eu acho que esses líderes vão precisar se inteirar um pouco mais sobre quem está fazendo isso muito bem no mercado, aprender a fazer esse design de experiência não só ali num momento síncrono, mas também a desenhar essa experiência do colaborador dentro da empresa, uma experiência que gamifica o dia a dia das pessoas, torna aquilo desafiador, torna grandes marcos, faz rituais.

3 - Saúde mental: a gente está falando disso desde o início da pandemia, este ano não vai ser diferente. Talvez a gente tenha adquirido um pouco mais de maturidade no assunto, mas ainda não vejo muitas empresas fazendo o que é necessário. Então, por exemplo, ter um acompanhamento para para o time talvez seja algo crucial e acho que as lideranças ainda não entenderam isso com toda a importância que merece. Mas acho que tem uma tendência também de surgirem muitos negócios para ajudar empresas nesse aspecto. Já surgiram e vão vir mais. E aí também cabe ao líder se envolver mais com esses assuntos.

4 - Benefícios: uma outra tendência é a sensibilidade para definir benefícios. Antes a gente tinha vários benefícios corporativos, independentemente do modelo de trabalho. Era muito aquela visão do escritório, do local onde a pessoa sempre estava, e a gente teve que ressignificar isso na pandemia, mas eu acho que agora que passou o caos a gente vai conseguir pensar com mais calma: "O que de fato é importante pra minha equipe?" A gente também vai ver muitas empresas dando esse suporte para ajudar a gente a entender o que são benefícios melhores, benefícios de fato.

5 - Intraempreendedorismo: isso já vem acontecendo há bastante tempo, mas agora se une a tudo que isso que a gente tem dito: resultados, o gestor estar ali como facilitador, como dar autonomia… Já existem novos modelos de organização onde não há as áreas padrão: a gente trabalha muitas vezes por grandes núcleos, como se fossem várias empresas dentro de uma só, conhecida como business unity. Isso permite que cada time dentro do seu negócio tenha autonomia para tomar decisões e seja responsável pelo lucro daquela parte da empresa, mas tem de ser sustentável. As lideranças vão ser parte disso, junto aos sócios e investidores, porque elas têm grande importância na tomada de decisão de como alocar o time.

Anna Cherubina Scofano, professora em gestão estratégica de pessoas na FGV, consultora e mentora de carreiras e empresas

Necessariamente, o líder precisará ter uma (1) mentalidade exponencial, ser (2) responsável globalmente, do ponto de vista social e da sustentabilidade, com uma (3) capacidade de adaptação natural às mudanças, uma (4) mente aberta e um (5) mindset digital. Se ele não tiver essas características, certamente não sobreviverá ao mercado e ao mundo com suas demandas de toda a cadeia.

ChatGPT e Inteligência Artificial x Liderança

Nas últimas semanas, tomou conta da internet a discussão sobre o ChatGPT, ferramenta que usa Inteligência Artificial para escrever textos, produzir relatórios e fazer até poemas, seus usos, implicações e possibilidades. Fato é que, enquanto a plataforma ainda passa por ajustes, a avaliação dos especialistas é a de que as lideranças têm muito a ganhar com essa tecnologia, que desdobra uma tendência que aos poucos começa a se estabelecer nas empresas: a da automatização. "O uso de IA em vários segmentos irá trazer um avanço enorme. Precisamos parar de olhar a nova tecnologia como ameaça e observá-la como oportunidade. O líder que tiver a capacidade de observar as oportunidades para otimizar tempo, custos, recursos de forma geral e gerar maior valor agregado ao cliente terá um diferencial enorme. A análise de dados é o novo petróleo do mundo", diz Heiras.

Para Angela, a tecnologia proporcionará a líderes e colaboradores a oportunidade de atuar de forma mais estratégica. "Cada pessoa dentro da empresa provavelmente vai estar atuando com essa mentalidade por mais que não seja formalmente, oficialmente, um líder. Eu acho isso muito positivo porque a gente vai tirar esse serviço braçal, esse serviço de produção, e vai passar à frente de decisões", avalia.

Assim como Heiras, ela não vê a Inteligência Artificial como ameaça, na medida em que seu uso se dará aliado à curadoria de um humano. "Ok, vai ter a IA, mas quem roda a IA? Como a gente escolhe o que está bom, como a gente define quando chega no ponto que a gente quer, como isso ajuda na nossa estratégia? Acho legal a gente estar dando espaço porque é uma inteligência com um banco de dados enorme, com ideias humanas, que consegue ser assertiva. É diferente de ter um copyrighter. Mas a gente precisa de uma pessoa para coordenar. O líder vai estar atuando em parceria com isso. É muito mais do que uma tendência, já é uma realidade e se conecta muito com a liderança do futuro."

E você, acha que as empresas estão preparadas para assumir a gestão de pessoas 4.0?


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